A cada dia que passa, percebo que não pertenço a esse século. Ou pelo menos, a esses últimos 50 anos.
Os livros e as séries hoje são meus principais meios para fugir dessa realidade drástica que vivo hoje. Deixe-me trancada no quarto, mas dê-me um livro, caderno e caneta, e quem sabe um rádio, que viverei feliz.
Assim que parei pra pensar em alguns fatos de Para Sempre, o primeiro livro da série Os Imortais, de Alyson Nöel, percebi que quanto mais me deparo com a realidade, mais tento fugir dela.
Minha imaginação fértil é capaz de me entreter por horas a fio. Sem que eu me enjoe. E é dela que eu tiro inspiração para escrever, para produzir, e até para acordar amanhã.
Sem brincadeiras de criança, aquela coisa de "príncipe no cavalo branco" sempre esteve presente nos meus sonhos. E é de agora que isso vem mudando.
Não por completo, claro. Isso leva tempo...
Enfim, voltando a relação com o livro, percebi que não pertenço a essa época. Ou pelo menos, que estive sendo projetada antigamente, mas me deixaram por lá, e só me terminaram, há 16 anos. Assim, cá estou, em frente ao notebook, que já acostumei-me a usar, conversando via MSN, que já faz parte do meu dia-a-dia, falando sobre sonhos e decepções com a minha incansável ouvinte/leitora Mac.
Estava eu hoje pensando nas adoráveis tulipas vermelhas, quando me dou conta, estou pensando em como seria viver ao lado de vampiros, lobisomens, e até imortais - sim, sou adepta a esse tipo de coisa, e adoro ler sobre.
Claro que não posso dizer ao certo se seria melhor ou pior. Mas tudo tem seu lado RUIM, assim como tem seu lado BOM. E com essa questão não seria diferente. Para mim, que sou estranha há pouco tempo, não vejo muitas coisas ruins em viver ao lado deles. Bem, até agora eu não via coisas muito ruins. Felizmente - ou infelizmente - é a mesma coisa que você imaginaria, aquilo de vampiros tomarem esse seu sanguinho decilioso que corre me suas veias, os lobisomens, talvez do mal, talvez do bem, os imortais maldosos que querem fazer nascer o medo nas pobres criaturas humanas. Ou algo do tipo.
Porém, como sempre em meus pensamentos há um porém, aqui não seria diferente, com relação a relações amorosas e afins, ao meu ver, seria mais 'aprovável', mais 'apladivel'. E não humilhante e avassalador.
Viver sabendo da existencia desse tais seres nada naturais, seria um risco que cada um teria de enfrentar. Pensando bem, vivaria um caos se todos soubessem da existencia desses seres, racionais*, mas não completamente todos os humanos. Como ter certeza de que aquele seu vizinho novo é um humano, e não um vampiro que vai te atacar ao anoitecer? Ou que aquele ser amigo não se transforma em algo perigoso em dia de Lua Cheia? Sim, ainda levo em conta, o que dissem/disseram sobre Lua Cheia, vampiros que só tomam sangue humano e imortais medonhos.
*levando em conta, de que generalizo os dois tipos de seres, já que hoje, as histórias sobre eles tenham mudado um pouco
Chego a conclusão de que acabo de ser egoísta ao pensar apenas no que seria "melhor" para mim. Bom, em partes.
Nada melhor do que um certo ponto de adrenalina para aliviar a tensão e fazer da vida uma experiencia gratificante. Assim sendo, nada melhor do que saber que aquele gato novo no colégio vive a mais de dois séculos, parecendo mais um Deus grego que retornou para acabar com o coração das reles mortais. Certo? Imaginando a cara da Mac ao ler isso, ela deve estar me achando mais... ahn... psicopata?, louca?, sedenta por vampiros e ficções nem um pingo realistas? É com certeza, algo do tipo.
Relendo o texto, vejo que toquei no livro, mas nem falei das tais tulipas. As tulipas que me fizeram ter a certeza de que não pertenço a essa época. Ok, não foram as tulipas. Mas não é preciso ser um gênio para descobrir o que está na cara há um bom tempo.
Para falar delas, tenho que contar uma parte da história do livro. É coisa para uma frase, talvez. Bom, é o seguinte, a garota principal, Ever, consegue um namorado ao longo do livro, Damen, como sempre, o bonitão, sexy e inteligente. Partindo da história de que ele é um ótimo ilusionista - só entende direito quem leu o livro - sempre faz aparecerem... quem?... sim, as tulipas vermelhas. Uma hora, da orelha da moça, ou hora do nada. E para Stacia, a garota popular 'rival' de Ever, rosas brancas. Ever sempre encontra as tais tulipas na sua mochila, no seu quarto. E só no fim é que ela descobre o porquê das flores e das suas cores.
Tulipas vermelhas, segundo ele, significa AMOR ETERNO.
E as rosas brancas: aquela que tem dificuldade em amar - ou algo do tipo.
Na internet, não há nada muito diferente disso:
- Tulipa Vermelha: representa uma declaração de amor.
- As tulipas expressam o amor perfeito
Fonte aqui e aqui
Foi daí que surgiu a tal ideia para o post. Que estava parado no rascunho há tempos, e só agora resolvi termina-lo. Já percebi que não pertenço a esses tempos, e não consigo adaptar-me, nem estou triste, tampouco feliz. Estou, ahn, indiferente (?). Vamos, aprendi a viver com a minha deficiencia em me adaptar a certas coisas... E assim vai ser!
quarta-feira, 17 de março de 2010
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